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segunda-feira, 19 de março de 2012

O uso de drogas, sejam lícitas ou ilícitas, já matou 872 pessoas no Piauí nos últimos anos, uma média de 174 mortes todo ano provocadas pelo uso de álcool, fumo, cocaína e drogas psicoativas.
Os números estão registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, entre os anos de 2006 e 2010. A pesquisa é da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Segundo a pesquisa, o Piauí é o estado brasileiro com maior índice de mortes provocadas pela cocaína ou seu subproduto (crack) para cada mil habitantes. Nesses cinco anos, foram quatro mortes. Porém, foram suficientes para colocar o estado no 1º lugar do ranking nacional. Quatro municípios do Piauí (total de 224) registraram
 uma morte cada.
Municípios pequenos como Jurema e Massapê registraram mortes provocadas por essa droga. Em todo o país foram 354 mortes.
Em novembro do ano passado, a CNM já tinha divulgado uma pesquisa sobre a invasão do crack nos municípios brasileiros. Em muitos lugares a droga já está substituindo o álcool. No Piauí, a droga foi encontrada em 126 municípios piauienses.
O maior responsável pelas mortes de piauienses, assim como em todo o Brasil, ainda é o álcool. A bebida matou 727 piauienses nesses cinco anos pesquisados. Em todo o país foram 34,5 mil mortes provocadas pelas bebidas alcoólicas no período pesquisado.
Entre os estados com maior índice de óbitos provocados por cigarro, o Piauí ficou em 2º lugar, com um índice de 0,33 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes. Segundo a pesquisa, foram 130 mortes entre os anos de 2006 a 2010.
Mortes provocadas por drogas psicoativas, como tranqüilizantes, por exemplo, foram responsáveis por 11 mortes no período em todo o Piauí.
A duas principais drogas legalizadas no País, álcool e fumo, juntas, segundo o estudo, mataram 857 pessoas no Piauí em cinco anos. – ou 98,3% do total.
Os técnicos da CNM alertam, no entanto, que os dados de 2010 ainda são preliminares.
O preenchimento da Declaração de Óbito (DO) é de responsabilidade dos médicos, conforme estabelecido pelos Conselhos Federal e Estadual de Medicina.
Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, há uma urgente necessidade de combater o problema das drogas nos municípios. ‘E não se está fazendo isso. O problema estoura é nos municípios’, afirma

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